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segunda-feira, 19 de março de 2012

Crítica: A Invenção de Hugo Cabret




Mas não foi à toa que A Invenção de Hugo Cabret (The Invention of Hugo Cabret) levou todos os prêmios técnicos do Oscar 2012. Indiscutível que foi a “melhor direção de arte”, “melhor fotografia” e “melhores efeitos visuais”. O filme é simplesmente a fotografia mais bela que vi nesses últimos anos.


Estava meio resistente para ver essa película. Pensava que seria algo emotivo demais, aqueles dramas que gostam de arrancar lágrimas de graça. Não que não tenha emoção, mas o filme é mesmo uma boa aventura, com um toque emocionante.


Hugo Cabret (Asa Butterfield), é um órfão de 12 anos que vive sozinho nas máquinas do relógio de uma estação de trem em Paris. Ele perdeu o pai, que era a única pessoa que tinha, num incêndio de um museu onde trabalhava. A única coisa que sobrou foi um autômato, um robô que escreve e desenha mensagens. Ele acredita que o robô, que está quebrado, tenha alguma mensagem que seu pai tenha deixado.


O garoto vive fugindo do Inspetor (Sacha Bahon Cohen), que persegue todos os garotos que andam sozinhos pela estação. O Inspetor é um homem de poucas amizades, que leva uma paixão secreta pela florista que ali trabalha.


O tio George (Ben Kingsley) possui uma loja de brinquedos na estação, e tem uma certa birra com Hugo, até tomar dele um certo caderninho de anotações que irá mexer com seus sentimentos. 


Isabelle (Chloe Moretz), afilhada do tio George, quer viver uma aventura em sua vida, e escolhe os problemas de Hugo para tentar viver alguma emoção. Órfã também,  os dois têm mais que apenas essa coincidência em suas vidas para desvendar. 


A história faz uma menção a Georges Méliès, um inovador em efeitos visuais quando o cinema nem tinha tanto valor. A história de Hugo irá se ligar no mistério da vida de Georges.


Fora as paisagens, que são para encantar qualquer visão, a trama dentro da estação também é divertida. O Sacha Bahon Cohen está muito engraçado (e chato) como Inspetor. 


O desfecho é muito bonito, e se você é ligado na história da Sétima Arte, com certeza vai se emocionar com esse filme que deveria levar muito mais do que Oscar técnico. Martin Scorsese acertou em cheio.

Um comentário:

  1. Silvia, eu tb estava um pouco receosa de ver esse filme, mas suas palavras me animaram.
    beijos

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