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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Crítica: Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge

E a trilogia de Nolan se encerra com chave de ouro

Passaram-se oito anos desde a última vez que Batman (Christian Bale) apareceu em Gotham City. Hoje, a cidade está mais tranquila. Os criminosos estão todos na cadeia com a lei criada após a morte de Harvey Dent, o falso-herói criado no filme anterior da franquia.

Só que a historinha contada para o povo de Gotham custou caro para Batman, que passou a ser visto como um vilão arruaceiro, e para o Comissário Gordon (Gary Oldman), que vive amargando a mentira que ajudou a sustentar.

Desde que tudo aconteceu, há oito anos atrás, Bruce Wayne (Christian Bale) resolveu se fechar em sua vida. A morte de Rachel e a maneira como todos acusaram Batman foi um fardo pesado em suas costas. E Bale deixa isso muito evidente em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (Batman: The Dark Knight Rises). O milionário agora é um quase senhor acabado, cheio de problemas e amargurado.

A chegada de um novo vilão em Gotham faz com que Bruce Wayne volte a pensar na necessidade do reaparecimento de Batman. Bane (Tom Hardy) é um vilão desumano, feroz, com um problema em sua face que o obriga a usar uma máscara que o descaracteriza ainda mais como ser humano. E é por suas atrocidades que vemos Batman de volta na escuridão de Gotham.

Nolan acertou em sua última cartada para o fim da trilogia. Você quase que não sente falta do Coringa, apesar de achar que neste filme, em algum momento, ele deveria aparecer. Mas sabemos bem o porquê de Nolan não querer nem o citar.

Bale é a cara do Batman. Será difícil vermos outro Batman como ele, aliás, outra trilogia como a de Nolan. O atual Bruce Wayne leva a uma realidade perfeita para o duplo personagem de Bale, que tem que vencer todos seus problemas pessoais e de saúde para tentar salvar sua cidade.

Os novos personagens do filme foram muito bem colocados na trama. Bane chega a me deixar com fobia. A máscara traz o ar de perversidade atrás de uma dúvida sobre sua identidade. Seu tamanho exagerado e músculos também ajudam a completar a ideia que se deve ter do personagem. E Tom Hardy conseguiu construir muito bem o que seria o grande vilão para Batman.

Teremos aqui a Mulher Gato, ou melhor, Selina Kyle (Anne Hathaway). Fiquei curiosa para ver o que ela faria no papel. Digamos assim, não ficou ruim, mas ainda prefiro a versão Michelle Pfeiffer. O que vi nessa versão de Anne é uma Mulher Gato meio que com um ar de princesinha mimada ao fundo. Parece que faltou algo. Talvez mais sensualidade, talvez um pouco mais de maldade em seu personagem.

Outro novato que vemos aqui é John Blacke (Joseph Gordon-Levitt), um policial que aprecia a verdade e justiça. Posso dizer que seu papel foi muito bem encaixado. Blacke é jovem, corajoso e sabe muito bem ao lado de quem deve ficar. Miranda Tate (Marion Cotillard), uma espécie de defensora ambientalista, que acaba se envolvendo na diretoria das empresas Wayne, também convence bem em seu papel. 

Personagens que acompanham Batman desde o início, como o Comissário Gordon, Alfred (Michael Caine) e Lucius Fox (Morgan Freeman) são dispensáveis de qualquer outro comentário que não seja o aplauso. Simplesmente feras na atuação, do início ao fim, conduziram de maneira impecável a personalidade de seus papéis.

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge segue com seu perfil sombrio, como nos dois primeiros filmes. Os efeitos e sons de tiros no IMAX dão uma sensação de pura realidade. O que posso citar como negativo é que achei que já tem muita gente sabendo a identidade secreta do morcego; e algumas cenas mentirosas demais, que não colam como realidade de jeito nenhum. Mas a gente também finge que está tudo certo.

São muitas coisas a serem reveladas no final da trilogia, o que ficará por conta do mistério em qualquer crítica, que é para não estragar o prazer. A trama vai acontecendo e te envolvendo a ponto de você nem querer que a história acabe. Mas na boa, acho que acabou como tinha que ser. Ok, você sairá do cinema aos prantos para que a saga continue, mas se pensar melhor, apesar de achar que poderia mesmo continuar, verá que Nolan tem razão em querer botar um ponto final. Uma hora tem que acabar. E acabou bem.

O filme é perfeito. Nolan, é perfeito, Bale é perfeito, os outros personagens são perfeitos, Batman é perfeito. Só me resta bater palmas e querer rever o filme mais umas trocentas vezes.

Imagens: Warner Bros

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O “desencontro” de Fátima Bernardes



Tirei apenas um dia para entender o que é esse novo programa da ex-âncora do Jornal Nacional, Fátima Bernardes.

Ocupando o período matutino da Rede Globo, Encontros já teve em sua estreia uma decepção. Poucos elogios e matérias maçantes, cheias de sensacionalismo e sem muito entusiasmo, até agora o programa ainda não rendeu os louros que esperava.

Assisti ao programa do dia 10 de julho, o qual tinha como um dos temas a guarda de animais quando ocorre separação do casal. Para mim, algo interessante, mas não vi a matéria sendo levada muito a sério, e sim numa disputa de números onde cada participante teria que optar se o cão em questão ficaria com a esposa ou com o marido.

Aliás, o programa tem plateia ao vivo, e de tão chato às vezes que está o assunto o CQC desta última segunda (9) chegou a mostrar em seu Top Five (quadro que mostra bizarrices e erros que foram veiculados na TV) uma senhora que dormia enquanto um assunto era debatido.

Encontros me pareceu uma mistura de “Casos de Família”, “Hoje em Dia”, e outros programas do gênero auditório + assunto polêmico + opinião de quem não interessa.

Com outros participantes que fazem matérias para o Encontros, pude reparar em um dos repórteres, Marcos Veras, por sinal inconveniente demais. A matéria falava sobre o dia da pizza e apresentava a pizza paulistana, eleita uma das melhores no país. Achei de uma tamanha chateação a maneira como essa reportagem foi conduzida. Sinceramente, o repórter se portou de uma maneira muito grossa, querendo fazer graça e se tornando totalmente sem graça, inconveniente mesmo.

Pra resumir: não gostei do programa. Acho que Fátima era melhor como âncora de telejornal, ou esse formato dado a ela não foi legal. Até porque, em redes sociais como Twitter e Facebook, uma legião vem pedindo a volta da TV Globinho. Sinceramente? Era mais legal mesmo.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Quando o jornalismo é transformado em piada


Tenho visto o jornalismo deixando de ser, muitas vezes, um negócio sério, de credibilidade, para entrar no ramo de piadinhas e sarcasmo. Lembrando que programas como CQC são entendidos como jornalístico.

Então vejamos: onde o CQC é de fato jornalismo, e onde passa a ser piada, entretenimento? Vejo matérias muito legais neste programa, mas em quadros como o “Proteste Já”, onde o teor é uma denúncia de descaso público, acho totalmente desnecessário aquelas vestimentas ridículas e piadinhas envolvidas num assunto tão sério. A denúncia tem que ser séria, ao meu ver, sem gracinhas que possam levar ao descrédito. 

O mesmo acontece no SPTV, programa jornalístico do meio-dia da Rede Globo São Paulo, onde o repórter alegre Marcio Canuto, conhecido como “fiscal do povo”, apresenta o quadro SP Comunidade. Canuto, em seu jeito mais despojado e divertido, também faz piadinhas com a situação, e muitas vezes, brincadeiras durante a filmagem.

Agora, engraçado mesmo (ou deprimente, como parece), são os jornais matutinos. Na Band, temos o Primeiro Jornal, com Luciano “olha a hora” Faccioli e Patrícia Maldonado. Ao meu ver, a duplinha não combinou, pois é evidente a diferença entre a postura dos dois, já que Faccioli é do jornalismo que grita, faz comentários mais agressivos, e Patrícia não tem esse perfil.

Na Record temos o Balanço Geral, com Geraldo Luis e galo William (hein?). Sim, é verdade, durante as matérias o âncora conversa com um galo de verdade. E sai cada coisa, que sinceramente, só mudando de canal...

Durante a noite, desnecessário dizer o que temos, né? É a hora do jornalismo agressivo, sensacionalista, de histórias de polícia, de passar raiva mesmo (não sei se raiva do crime ou dos comentários dos apresentadores). Lá estão programas como Cidade Alerta (Record), com Marcelo Rezende, e Brasil Urgente (Band), com o já figurinha carimbada desse tipo de jornalismo, José Luis Datena.

Eu não sei realmente se certas piadas cabem em programas de fato jornalísticos. Sim, talvez eu esteja sendo birrenta demais, e a alegria contagiante em assuntos sérios deixem o clima mais leve. Mas, sinceramente, tem coisas que acho desnecessária e irritante mesmo. Ainda prefiro o estilo sério e bem explicativo do jornalismo, sem gritaria, sem sensacionalismo, sem brincadeiras. Notícia, fato, e pronto.