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terça-feira, 24 de novembro de 2009

CQC registra queda em audiência

O que antes parecia ser um programa que veio para desbancar com as emissoras concorrentes, já parece não ser tanto assim. O humor-jornalístico do CQC – Custe o Que Custar, da Rede Bandeirantes, vem caindo cada dia mais em sua audiência.


Em seu último programa (23/11), chegou a ficar em quinto lugar, atrás da Globo, Record, Rede TV e SBT. Logo que estreou, em março de 2008, parecia a promessa de um programa inovador, que traria atrações diferentes e um nova opção ao telespectador.

O programa é um ideia comprada do argentino Caiga Quien Caiga, que já está no ar desde 1995 naquele país. O formato até é interessante, misturando humor com jornalismo e denúncias. De início, foi tachado no Brasil como uma cópia do Pânico na TV, que também trata com escracho as celebridades que entrevista.

Com mais reportagens de teor político, os “homens de preto”, como são conhecidos os repórteres do programa, têm que ter uma sacada rápida para deixar seu entrevistado de “calças curtas”. E talvez seja até isso que faz com que as pessoas levem o programa como um humorístico na linha Casseta & Planeta ou Pânico na TV.

Para aumentar o número de repórteres e talvez até a audiência, o programa abriu espaço para um 8º integrante, sendo escolhida uma mulher, Mônica Iozzi, num concurso que aconteceu em setembro deste ano. Muitos questionam a escolha de Mônica como nova integrante, pois acreditam que já era fato de que o CQC escolheria uma mulher para a vaga. O que até agora tem acontecido é que Mônica de fato não tem a mesma sacada dos meninos, mostrando-se mais fraca nas perguntas elaboradas aos entrevistados. Sem contar, que até então, o que se lia nos blogs e matérias por aí é que a torcida estava toda a favor do Paulão dos Velhas Virgens. De repente, podemos encontrar aí um fator para a queda de interesse no programa.

Outra coisa: é legal fazer perguntas sacadas e inteligentes para deixar o entrevistado quase sem resposta. Porém, se começa a levar uma coisa séria muito para o lado da brincadeira, tende a cair em descrédito. Isso acontece, por exemplo, nas matérias onde Rafinha Bastos faz o Proteste Já. Como no último programa, Rafinha se vestiu de índio para simular uma dança da chuva e reclamar da falta de água em Sumaré no Departamento de Água e Esgoto. O quadro é muito importante e ajuda muita gente, porém as fantasias podem levar o que é sério para uma banalização total.

Eu, sinceramente, esperava que o programa subisse cada vez mais na audiência, pois tem sempre uma boa reportagem a apresentar. Porém, é necessário ajustar e inovar sempre, porque na televisão, o que não se inova, acaba enjoando. Que nos diga as programações de sábado e domingo...
 
 
Fonte: R7

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