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terça-feira, 30 de junho de 2009

O pop star e seus problemas mal resolvidos

Mais uma vez o assunto é Michael Jackson. Mesmo porque agora vão aparecendo mais notícias sobre o cantor, documentários e outras fofocas que até então passaram batidos para mim.
Vi nesse último domingo uma entrevista com o músico que ainda não tinha visto, a qual passou na Rede Record após o Domingo Espetacular. Nela ficou evidente que ele realmente tinha problemas que vinham desde sua infância e que o deixaram meio de fora da realidade.
Jackson contou que o pai o torturava quando pequeno, que batia e exigia que cantasse e o fizesse bem feito. Que várias vezes apanhou e viu seus irmãos apanharem quando algo não saia do jeito que o pai queria. Chegou a dizer que durante a noite, via e ouvia toda a relação sexual dos irmãos, com mulheres que eles levavam aos quartos de hotéis e pedia para que o irmãozinho não olhasse. Que o pai o chamava de feio, principalmente quando atingiu a fase da adolescência e seu rosto ficou cheio de espinhas. Ou seja, o coitado tinha razões de monte para surtar. E surtou.
Bom, até aí tudo bem, mas a gente tem que tentar superar certos problemas ou lidar com eles da melhor maneira. E isso ele não fez. Fico pensando no peso que leva alguém ser famoso e ter que dar bom exemplo para seus fãs ou seguidores. E aí vemos que além do peso de sua vida pessoal, teve o peso da fama, e as conseqüências no meio artístico não costumam ser tranqüilas.
Quando o repórter falou sobre sua infância, Jackson teve seus olhos rasos d’água, pedindo para que ele não fizesse isso com ele (reviver os fatos passados). Vemos que realmente sua infância o deixou problemático, querendo mudar tudo o que o fazia lembra-la. Mudou tanto que ficou irreconhecível no final de sua vida. Fez várias plásticas, mudou o seu tipo de cabelo e cor de pele. O que não dá para aceitar é ele dizer que isso aconteceu naturalmente. Como assim? Ele disse para o repórter ir perguntar a Deus o porquê de suas mudanças físicas, já que plástica ele só afirma ter feito uma. Como que alguém pode ter seus aspectos físicos totalmente modificados naturalmente da maneira como aconteceu com ele? Por que era tão difícil para ele assumir a verdade? Mesmo porque elas são evidentes.
E os seus filhos, o que dizer? Nenhuma característica do pai. Agora já estão surgindo os rumores dos envolvidos com o fato, dizendo que nenhuma das crianças era biologicamente de Michael. É difícil não pensar o contrário.
Michael tinha todo um jeito doce, de alguém que sofreu na vida e ficou com o desejo de ser criança eternamente. Ele disse ao repórter que apenas dormia com as crianças porque adorava pô-los em sua cama e contar histórias, dar leite quente com cookies e ficarem todos juntos. Disse que não via maldade nisso. Mas as pessoas viam. E pelo jeito, aproveitaram-se da situação com muita grana por baixo disso tudo. Já que agora o menino que o acusou disse, segundo noticiários, que o pai o obrigou a isso e que a acusação de abuso sexual era falsa. Triste...
Jackson viviam num mundo onde a realidade não existia. Tudo era da maneira em que a mentalidade que queria ser criança via. Seus filhos viviam cobertos com máscaras, aliás, ele próprio assim vivia. E ninguém entendeu o porquê disso. Era por causa de seus problemas de saúde, ou por causa da fama, ou loucura mesmo?...
O astro pop morreu com 51 quilos, quase careca, com várias cicatrizes de cirurgias plásticas, com vários remédios dentro de seu estômago. Então não dá para entender porque ele ocultou tanto sobre seu verdadeiro problema. Tudo ficou muito evidente, nada era real. E não tinha ninguém, um amigo ou alguém da família ao seu lado para trazê-lo de volta a realidade. Infelizmente, acredito que todo o seu trauma de infância não valeu o resultado final que custou sua vida. Viciado em remédios, morfinas, cirurgias plásticas, tratamentos para mudar a coloração em sua pele...Enfim, tudo abreviou sua bela carreira e vida. Uma pena para todos, principalmente para ele. Luz e paz, M.J.!

Fontes: Rede Record, sites Terra, Ig e G1

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Para ver com toda a família

O acidente de Sid que dá início a toda confusão


Estreia nesta quarta-feira, 1º de julho, um filme que agrada a toda a família: A Era do Gelo 3. Continuando o sucesso dos dois primeiros filmes, esse tende a fazer tanto ou mais sucesso devido a história bem elaborada e ousada que se passa num vale dos dinossauros.
Os já conhecidos personagens Sid, Manny, Diego, Ellie e Scrat estarão presentes nesse filme que também apresentará a Scratita, a namoradinha do Scrat, e Buck, uma doninha muito “gente boa” que sofreu um acidente causado por um grande dinossauro do vale, vivendo agora com um olho só. E agora ajudará os seus novos amigos em uma grande aventura
Tudo começa com a espera do nascimento do filho de Manny. Preocupado em proteger sua esposa e bebê, Manny exagera em cuidados e deixa seus amigos com pensamentos sobre o que seria de fato uma família. Sid acaba sofrendo um acidente e descobre um mundo subterrâneo, encontrando o que seria para ele sua nova família. Daí, a confusão está feita.
O filme tem a opção em 3D, o que deixa a história muito mais emocionante e interessante.
Buck, o novo personagem da série
Para mim, A Era do Gelo 3 é o mais interessante da série até o momento. Com piadinhas mais espertas, um roteiro mais elaborado, personagens divertidas e momentos emocionantes, o que se pode falar é que tem tudo para ser o preferido de toda a família.
Em relação aos personagens, Buck é a tirada do filme. Se houver continuação, com certeza ele deve ter vindo para ficar. Seu jeito maluco e engraçado de ser cativa a qualquer um. Scrat também continua sendo a graça da série, sem falar uma palavra, somente em busca de sua noz perdida, faz todos gargalharem no cinema. Scratita é a versão feminina, louca por noz, porém mais sensata e inteligente.
Não podemos esquecer também que na direção de A Era do Gelo está o brasileiro Carlos Saldanha. Ou seja, tudo para ser um sucesso de bilheterias, ainda mais nas férias escolares.

A eterna briga pela noz entre Scrat e Scratita

Fotos: Divulgação Fox Films

sexta-feira, 26 de junho de 2009

E lá se foi o "Rei do Pop”...


Quando vi a notícia pela televisão, ainda falava sobre uma possível parada cardíaca que o cantor teria sofrido. E logo veio a confirmação dos jornais americanos: Michael Jackson está morto.
A gente parece não acreditar quando vê esse tipo de notícia de alguém famoso, como se a pessoa fosse eterna (de uma certa maneira é, na minha crença e também nas lembranças, mas não em carne e osso). O cara tinha 50 anos, e o mundo não estava esperando que fosse tão rápido. Rumores de que ele estava doente, com problemas no pulmão, câncer de pele, dependência de remédios e coisas do gênero já eram relatadas na mídia. Mas até então você acha que pode ser especulação, ou que o processo todo ainda vai demorar.
Jackson era único no que fazia. Excelente bailarino, músico, compositor, cantor...Tudo o que tocava parecia virar ouro. Isso principalmente na década de 80, onde fez músicas que ficaram eternizadas como as do álbum Thriller, as que gravou com Paul McCartney, e a que compôs ao lado de Lionel Richie, “We are the world”, marco da época. Gente, como eu gostava daquilo! Lembro-me em 1983, quando Thriller estava no auge no Brasil. Era criança, mas ficava eufórica com a música. Adorava ver os vídeos clipes (coisa aliás que se inovou com Jackson), a dança e a roupa toda brilhosa.
Mais adiante veio Bad e Dangerous, que de certa forma também marcaram época na minha vida. Os que vieram mais adiante, sinceramente, desconheço. Para mim parece que parou por aí.
Eu não consigo entender o que o cara fez com a vida dele. Isso mostra bem que dinheiro não é tudo, afinal ele “tinha” dinheiro, até vir essa falência toda, mas parecia não ser feliz com sua vida e com sua aparência. Por que não parou as cirurgias na época de Thriller? Já estava muito bom ali. Mas não, a pessoa se modificava cada vez mais. Mudou tanto que perdeu suas características originais. Parece que perdeu até o formato de ser humano. O nariz ficou horroroso, pequeno demais, a boca com um desenho forçado, nada a ver. Fora aquelas “nóias” de ficar andando de máscaras para todo o lado, de ficar branco na marra, de criar seus filhos com lenços na cara para esconder sei lá o quê...Fala sério, qual na verdade era o seu problema para andar com máscaras para todos os lados? Bom, ele dizia que tinha vitiligo, mas será que a doença teria afetado todo o corpo dele? O que ele fez para deixar todo o resto branco daquele jeito? Olha, eu sei lá, mas acredito, no meu modo de ver as coisas, que ele adiantou seu processo de morte.
Acho até que é por isso que não estou tão espantada assim. Para mim ele deixou de ser o Michael Jackson que eu admirava na minha infância há muito tempo. Transformou-se em sei lá eu o quê. Não aparecia mais na mídia, não fazia mais novas músicas de sucesso, não agia como uma pessoa normal. Aliás, acho mesmo que ele era paranóico, sofria de problemas psicológicos. Não tem como explicar suas atitudes de querer viver num parque de diversões eterno, seus supostos envolvimentos com pedofilia, sua atitude infantil e os problemas com traumas de infância. Problemas que o fizeram um ser polêmico e esquisito demais para se explicar.
Ele foi o que foi. Eterno “Rei do Pop”, talentoso e polêmico. Único e inesquecível para toda a geração. E que agora vai para a eternidade em sua Neverland.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Estaríamos perdendo a nossa identidade cultural?

Há um tempo venho pensando sobre esse assunto. Não vos parece que estamos perdendo a identidade cultural? (Obs: o texto a seguir só será compreendido para quem tem mais de uns 27 anos, ok?!)
É só olharmos em certas “tradições” existentes em nosso país. Vamos começar falando sobre uma grande festa que é tida como “a cara” do Brasil: o Carnaval. Lembro-me do carnaval de antigamente (não tão antigamente assim hein, tenho 35 anos). Mas freqüentava os bailinhos e matinês de carnaval que eram realizadas em cidadezinhas do interior paulista. Vou tomar essas cidades como exemplo para o carnaval, já que sempre ia para o interior nessa data. Era muito diferente do que vejo hoje. Naquela época, ainda se viam fantasias, purpurinas, confetes, serpentinas e máscaras. Minha avó sempre confeccionava máscaras para enfeitar o salão da cidade, e tínhamos sempre uma caixa delas para brincar na rua. Ainda tinha no meio da caixa aquelas bisnagas d’água e aquele martelinho que tem som de buzina ao bater. As músicas eram todas marchinhas de carnaval, e também sambas de enredo. Poxa, eu gostava sim dessa época. Sempre gostei de pular carnaval ao som das velhas marchinhas. Mas já no início da década de 90 o movimento axé tomou conta da festa. E o carnaval nunca mais voltou a ser o mesmo. Hoje a festa acontece nas ruas, com bandas tocando axé e dançarinas ensinando os passinhos da música. É claro que para a nova geração isso é o máximo, eles nem gostam do que havia antigamente. Mas o velho romantismo de máscaras, confetes e serpentinas já não existe mais.
Vejamos agora as Festas Juninas. Bom, quando eu era criança a gente era obrigada a dançar a tal da quadrilha. Tinha festa e barracas para todo lado, aqui mesmo na cidade de São Paulo. Ok, hoje as crianças ainda dançam nas escolinhas. Mas sabe quais músicas as crianças da escolinha perto da minha casa estavam ensaiando? As de Rio Negro e Solimões. Nada contra a dupla, até gosto do som alegre deles, mas e aquelas velhas músicas de quadrilha? É gente, tudo mudou mesmo. Hoje é até difícil encontrar as festinhas que fechavam ruas pelos bairros paulistas. Tem, mas são poucas.
Vamos agora citar as festas mais importantes, ou seja, as de fim de ano. Lembra como era o Natal antigamente? E como ele está agora? Ahh, tem sim uma grande diferença. A tradição do Natal também está acabando. Hoje o que vemos é só a indústria do comércio querendo vender cada vez mais. E aquele lance de reunir a família, fazer a ceia depois da meia-noite, colocar aquelas velhas canções natalinas, fazer uma oração e lembrar do aniversariante do dia?...Hoje o que reina são as festinhas com música funk, com o som no último volume, a troca de presentes, e por aí vai.
Bom, nada como a inovação e a modernidade. Mas temos que admitir que as coisas estão mudando sim. Tradições e romantismos de antigamente estão se acabando. E por falar em romantismo, onde é que toca a seção de músicas lentas para dançar juntinho hoje em dia? E cadê as personagens do folclore brasileiro, alguém ainda se lembra de algum?
Bom, o que vem com a nova geração é bem diferente do que existiu. Espero que para eles seja tão marcante como foi para os que já passaram dos 30... E vamos levando na manha do gato.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Filme de Jean Charles retrata a vida dos brasileiros em Londres


No próximo dia 26 de junho será a estreia do filme Jean Charles, que irá contar como foi a vida do brasileiro que foi assassinado em julho de 2005 no metrô de Londres após ter sido confundido com um terrorista.
Quando vi que iriam lançar um filme sobre essa história, já pensei: “Ihh, lá vem mais um daqueles dramalhões”. Mas ao me lembrar que a história era situada em Londres, veio uma curiosidade em assisti-lo, afinal, meu marido viveu lá por quase dois anos, e eu por um mês.
Muito que bem, fomos à cabine de imprensa para vê-lo. Qual não foi minha surpresa! O filme é legal, não tem nada a ver com o dramalhão que eu pensava que seria. Retrata muito bem como é a vida de um brasileiro naquele país, todo o preconceito, saudade, tristeza e muito trabalho para se ganhar alguma coisa.
O filme é de Henrique Goldman e será lançado pela Imagem Filmes. Goldman não focou apenas na tragédia ocorrida, e sim deu ênfase a quem era realmente Jean Charles. Um garoto esperto, trabalhador e sonhador, como tantos outros, que teve a infelicidade de ser confundido com terroristas em pleno auge de atentados a Londres. Aqueles que conhecem bem a cidade vão com certeza se encontrar em alguma parte do filme. Eu mesma me vi na pele da sua prima Vivian, que se atrapalha toda ao atravessar a rua já que lá a mão no trânsito é diferente da nossa. Confesso que quase fui atropelada por lá...
O longa começará contanto a história da chegada de Vivian a Londres, mostrando a vida de todos por lá e lógico, como foi que aconteceu o trágico homicídio. Segundo Goldman, o filme se baseia em fatos reais, mas possui fatos fictícios. Para conseguir escrever a história o diretor ouviu relatos dos amigos e parentes que moravam com Jean em Londres, da família e das pessoas da pequena cidade de Gonzaga, interior de Minas Gerais, terra natal de Jean Charles de Menezes.
Mas é isso, assistam ao filme, principalmente os que já moraram ou que moram fora do Brasil, e duvido que não se identificarão com ele.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Rede de proteção para gatos

Era tudo o que eu não queria. Colocar rede de proteção na janela para mim parecia colocar grades e fazer do meu apartamento uma prisão.
Apesar das minhas duas lindas gatinhas viverem no meu apartamento, pensava que não haveria problema em deixar a janela desprotegida. Afinal de contas, Belinha, a mais velha, nunca me deu trabalho quanto a isso. Nunca foi de subir em janelas, tentar sair ao abrir a porta do apartamento ou coisas assim. Mas já a Phoebe.... Como uma boa caçulinha, apronta tudo o que a mais velha não aprontou. Quando chego em casa, ao abrir a porta, já está lá a Phoebe esperando para sair correndo para fora. Ás vezes tenho que busca-la no corredor o prédio. E tem um loucura para subir nas janelas de casa!...
E assim a gente ia levando. Cada vez que a dona Phoebe subia nas janelas lá estava eu ou o Marcio, meu marido, brigando com ela. E ela que não é boba nem nada, saia correndo, é claro. A gente percebe que ela entende muito bem o que os humanos falam com ela.
Mas foi então que um dia eu cheguei mais cedo em casa e resolvi fazer a costumeira ginástica num daqueles aparelhos que simulam corrida. Estava calor nesse dia, então abri toda a janela da sala e fechei a cortina para que as gatas (ou melhor, a Phoebe) não vissem que estava aberta. Fui para o quartinho e estava toda animada na gisnástica. Quase 60 minutos completados de exercício quando toca o meu interfone. "Quem será uma hora dessas?", pensei. Era o porteiro dizendo a seguinte frase: "Sua gata está aqui na portaria. Ela pulou a janela". Nem preciso dizer que após quase uma hora de exercício minhas pernas já estavam todas travadas, pois tive que parar bruscamente para atender o interfone. Imagine só quando ouvi o porteiro me dizer isso. Desci as escadas como uma louca (ainda bem que moro no 2º andar). Quando cheguei na portaria lá estava a Phoebe no colo de uma menina, com a maior carinha de assustada do mundo. "Ela é tão boazinha", disse a menina se referindo à gata.
Olha, essa menina foi um ajno que apareceu naquele dia. Já imaginou se a gata saisse correndo por ai, ou se alguém tentasse a expulsar, já que muita gente nem gosta de gato? Mas não, ela viu a gata e pediu ao porteiro que avisasse a mim,pois deveria saber onde morava a gatinha. Queira ou não, Phoebe dá sempre o ar das graças na janela ou se aparece no corredor do prédio quando eu abro a porta, então muita gente já a viu.
Subi de volta ao apartamento com o coração na mão e a Phoebe nos braços. Que raiva viu! Como aquela danada pôde fazer isso. Provavelmente ela entrou atrás da cortina, como já vi ela fazendo outras vezes, e viu a janela aberta. Daí saber se ela realmente pulou ou caiu, não quis ter mais dúvida: resolvi instalar a tal rede de proteção em todas as janelas do apartamento.
Lógico que não fica igual a sensação de liberdade com as tais redes, mas não há nada melhor do que saber que seus bichinhos de estimação estão seguros e que você pode fazer sua ginástica tranquilo que nada irá acontecer nas janelas.
Então recomendo a todos os donos de gatos ou até outros animais sapecas que instalem sim a rede de proteção em suas casas, pois mais vale a janela mais feia do que a tristeza de perder um bichinho.
Ahh....E agora Phoebe pode ficar na janela sem problema algum.

Indignação de jornalista

Ontem, 17 de junho, foi derrubada a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Fiquei indignada ao ver à notícia na TV, visto que cursei quatro anos de faculdade e hoje sou jornalista devidamente regulamentada.
Pois bem, o pessoal do Supremo Tribunal Federal acha que a obrigatoriedade do diploma é incompatível com a Constituição de 88. Que, segundo o ministro Gilmar Mendes, ser jornalista é o mesmo que ser cozinheiro. Pera lá, "seu ministro”! Além de querer dizer que quatro anos de faculdade de aprendizado de uma profissão não é nada, você também quer dizer que o trabalho de cozinheiro é para qualquer um, ou uma coisa qualquer? É assim que você ignora uma profissão, desmerecendo outra? Já vi trabalho de cozinheiros profissionais, e duvide-o-dó que vossa senhoria conseguiria fazer tal trabalho com tamanha rapidez e conhecimento. É realmente de se lamentar. É claro que qualquer pessoa pode se meter a cozinhar, isso é evidente. Eu também cozinho na minha casa. O que não cabe é eu querer ser contratada num restaurante como profissional, desmerecendo o cara que fez a faculdade de gastronomia ou até mesmo cursos referentes ao assunto. Cozinhar eu posso, o que não posso é ser a profissional do ramo, sacou? É isso mesmo que penso da profissão de jornalista e da necessidade de um diploma. Escrever, todos escrevem. Para isso existem nos jornais, revistas e demais mídias as colunas de cartas do leitor, coluna de especialistas em determinadas áreas, convidados, blogs, twitter, comentários do leitor na internet, e o que mais vier para todos poderem expressar suas ideias. Liberdade de expressão existe sim, o que não pode existir é a ideia de que jornalista não precisa de técnica para nada. Como assim?
Confesso que desde nova já tinha muita vontade de escrever, tanto que minha professora de português foi uma das que me incentivou a fazer faculdade de jornalismo. Via muita coisa sobre a profissão, já que também sou filha de jornalista. Mas afirmo que depois da faculdade aprendi muita coisa. Não é bem assim, que jornalismo qualquer um faz. Escrever qualquer um escreve, mas técnicas e visão para isso são bem diferentes quando se faz uma faculdade para receber tal conhecimento.
Eles dizem que “a formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros” (Gilmar Mendes). Então tá! Quer dizer que um profissional formado em Direito não pode errar de maneira nenhuma, ainda mais quando ele for um juiz, por exemplo... E olha que temos exemplos no país de corruptos formados nesse curso, assim como em outros hein! Médicos cometem erros em mesas de operações, e eles estudaram todas as técnicas possíveis para exercer sua profissão. E aí? Se o cara erra, cabe à justiça punir, assim é no caso do jornalista. Afinal, processos de indenização por danos morais e materiais existem para todo lado, não é mesmo? Então não me venha com chorumelas, diploma não garante idoneidade para ninguém, ok?! Isso é para qualquer profissão. Diploma garante aos que querem trabalhar com honestidade e dedicação um maior aprendizado, um melhor aprimoramento, o que devia ser motivo de orgulho e não de sarcasmo. E eu quero saber onde está a idoneidade desses que estudam, se formam e estão aí fazendo coisas erradas com suas carreiras devidamente “regulamentadas”.
Agora vai ser assim: fulano fala o que quer, todos vão se sentar e escrever nos jornais o que bem pensam, independentemente de terem cursado faculdades de Comunicação ou não. E depois não me venha reclamar dos BBBs que saem da televisão já pensando em ser artistas, ta! E também nada de reclamar por danos morais sofridos, pois cada um fala o que quer e a liberdade de expressão é o que vale. Inclusive a minha. E tenho dito.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sobrevivi ao metrô da manhã

Meu horário de trabalho é durante o período da tarde. Mas conforme a necessidade, a gente também acaba vez ou outra trabalhando de manhã. Eis que o chefe pediu para que eu fizesse a semana toda no período da manhã. Ou seja, iria entrar às 8 horas da matina.
Quem mora em São Paulo sabe bem como é difícil a vida de quem necessita de transporte público. Muito diferente de países de primeiro mundo, onde até quem tem dinheiro anda no transporte público, porque há linhas para todos os lados.
Bom, para entrar às 8 da manhã, fui para o metrô por volta das 7:15 horas. Terrível!!! Era gente para todo lado. Já passei por isso em outras situações, mas em plena segunda já lembrava que tinha o resto da semana para enfrentar a mesma baderna.
Dentro do metrô chega ser engraçado. Se você tira o pé do chão, provavelmente será difícil de conseguir voltar o pé para o mesmo lugar. Mas é tanta gente que você nem precisa se segurar, o povo todo te segura...
Durante os cinco dias da semana acabei me acostumando com a rotina. Só na manha do gato. Em pensar que seria apenas uma semana, mas que muita, mas muita gente mesmo tem essa rotina diariamente. Ia ouvindo a conversa do povo, que ora era sobre política, ora sobre novela, e por aí vai... Às vezes as besteiras que ouvia eram tão grandes que não tinha como não gargalhar. E no fim das contas, não foi tão ruim assim. Ser humano se acostuma com tudo. Lógico que a gente quer ver tudo melhorar, ver os transportes públicos serem bons e ter lugar para todos, mas enquanto não é assim, temos que continuar a vida de qualquer jeito ? Continuemos a ter esperanças que um dia muda...
Mas enfim, sobrevivi ao caos do metrô pela manhã. E se tiver que ir novamente, "vamo que vamo", pois o que vale é não levar bronca pelo atraso no serviço!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dica pra quem gosta de passar frio nas montanhas


Em minhas férias do ano passado eu estava meio sem grana e sem saber pra onde ir. É de praxe que todas as férias gosto de conhecer um lugar novo. Então comecei minhas pesquisas...

Encontrei uma tal de Visconde de Mauá, no Estado do Rio de Janeiro. Nas referências, vi que era próximo a Itatiaia, lugar que também me interessava conhecer. Mas lendo as dicas do pessoal na internet, vi que Visconde de Mauá era mais barato do que Itatiaia. E como não tava pra esbanjar, aprofundei minhas pesquisas sobre o lugar.

Satisfeita com o que pesquisei, resolvi marcar um final de semana das minhas férias para conhecer a região. Era mês de setembro de 2008.

Fiquei na Pousada Magia das Montanha, na vila de Maromba, e aliás, adorei o local. Bom, só recomendo pra quem não tem frescura com luxo, pois o quarto que fiquei é simples, mas ideal pro meu bolso e descanso. A diária é bem em conta, mas eles também tem quartos mais sofisticados pra quem prefere um conforto maior. E tem um waffle no café da manhã...Que delícia!! Sem contar com o aconchego da lareira...




Vista da subida da serra em Visconde de Mauá

É recomendável fazer a viagem ainda com a luz do dia, pois a serra não tem nem asfalto. Durante a subida, têm vários mirantes para tirar foto, a paisagem é linda.

Como eu disse, fiquei na vila de Maromba, então passamos pela vila de Visconde de Mauá e a vila de Maringá. Vilinhas muito pequenas, mas são todas uma graça. Ah, detalhe: em Maringá é só atravessar uma ponte e você estará em Maringá/MG. Tem ótimos chocolates lá.




Vila de Maringá/RJ

Conheci algumas cachoeiras próximas, como a do Escorrega, a Toca da Raposa, Poção da Maromba e Santa Clara. Todas muito lindas, um espetáculo pra quem curte a coisa.




Cachoeira do Escorrega

Outra coisa boa em Visconde de Mauá (quando falo isso, refiro-me a todas as vilas que compreendem a região), é o preço das coisas. Muitoooo barato para se comer por lá. E a comida é de dar saudade, viu! Não me lembro mais dos nomes dos restaurantes para dar a dica, mas não é difícil achar comida boa e com preço bom. Vale a pena provar o filé de truta defumada e o fondie da região. E também é legal de conhecer os vários trutários que há por lá. Mas vá sem fome, porque o peixe é pescado na hora (em muitos lugares você ainda pode escolher qual truta quer pescar), e demora pra assar (fui com fome e chorei até vir o almoço..rsrsrsrs)




Vista do alto da vila de Maromba

Antes de ir embora ainda comprei um monte de camisetas para dar de lembrança, coisa básica, mas que sempre é legal receber.

Uma outra dica legal é antes de voltar pra casa dar uma passadinha em Penedo. Como a diária do hotel geralmente encerra ao meio-dia, aproveite pra conhecer a Casa de Papai Noel - Pequena Finlândia em Penedo. Uma graça de lugar. E outra: os preços das coisas lá são muto bons. Comprei uma colcha de casal de linha por R$ 25,00, na época. E tem na cidade toda muito artesanato, doces, licores, compotas, enfim...tudo muito bom.

Essa é a dica pra quem gosta de passar um fim de semana curtindo um friozinho da montanha. Digo que valeu muito a pena, e que pretendo voltar lá assim que possível. Amei Visconde de Mauá!!




Casa de Papai Noel em Penedo