Quando a gente vê notícias sobre a saúde pública estar um caos, não é mais nenhuma novidade, infelizmente. Todos os dias vemos filas e filas, pessoas chorando e passando mal em hospitais e ambulatórios públicos, necessitando um atendimento ou até mesmo um remedinho.
E quando você paga por essa saúde e não recebe a ajuda que necessita? Bom, primeiro vamos esclarecer que a saúde pública também sai do nosso bolso. Pagamos impostos para não sermos bem atendidos, para não termos médicos nos hospitais, e para vermos o quão frágeis somos.
E devido a tudo isso, o ser humano que tem um pouquinho mais de dinheiro vai lá e paga um convênio médico para tentar se safar de filas e do mau atendimento. Desde que comecei a trabalhar pago um plano de saúde. Devido problemas respiratórios que tenho, desde criança é normal pelo menos uma vez por ano parar num pronto-socorro com crises de faringite ou mesmo uma forte gripe.
E foi isso o que aconteceu na sexta-feira passada (8). Febre de 39°C, dor no corpo, dor de garganta e no estômago me levaram direto para um pronto-socorro. Fui num conhecido hospital que fica no bairro do Tatuapé. Eis minha decepção quando uma médica chamou meu nome, olhou minha garganta, e chegando a conclusão que ela estava infeccionada receitou um antibiótico e me mandou pra casa. Detalhe: eu mal conseguia andar de dor. Ela nem sequer mediu minha temperatura para saber de quanto era minha febre.
Indignada e pior que quando cheguei, pedi a minha mãe que me levasse de volta pra casa. Como mãe é mãe, ela preferiu tentar outro pronto-socorro, desta vez o Nove de Julho, nas proximidades da Avenida Paulista.
Eu nem tenho palavras para descrever o tratamento que tive lá. Totalmente diferente, os médicos que me atenderam foram super atenciosos, pediram um monte de exames que fiz ali na hora e me colocaram no soro com um monte de remédios extras. Demorou pra eu ser liberada, mas quando fui, três ótimos e atenciosos médicos fizeram o possível para eu melhorar. Saí de lá muito melhor e satisfeita com o atendimento.
Fiquei muito chateada com o primeiro hospital em que fui atendida, o qual nem vou citar o nome para não dar cartaz. Tem tanto nome mas dispensou uma paciente que estava passando muito mal. Quando estamos doentes ficamos mais sensíveis, e uma ajuda, um bom atendimento já nos é tão valoroso.... Daí penso em quem de fato precisa do hospital público. O que eu passei é fichinha perto do que essas pessoas passam. E era uma coisa que tinha que ser prioritária neste país: saúde. Infelizmente não é, e ainda querem cobrar CPMF’s e outros impostos a mais e nos convencer de que são empregados na saúde pública.
Hoje estou bem melhor, recuperando aos poucos dessa gripe, e resolvi compartilhar com vocês toda minha indignação em relação à saúde brasileira, que às vezes não vai bem nem pagando. O melhor mesmo é não ficar doente, se é que isso é possível...
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