A polêmica sobre os rodeios

Após a morte de um bezerro em uma prova da 56ª Festa de Peão de Boiadeiro de Barretos, cresce a polêmica sobre a necessidade de continuar existindo provas tão cruéis que possam machucar, maltratar e ou até matar o animal que se submete a ela. Neste caso, o bezerro teve sua coluna quebrada e precisou ser sacrificado.

O Projeto de Lei 825/2011, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PV), foi protocolado em 23 de agosto e parece que irá pôr fim ao sofrimento dos bichinhos. Conforme o Projeto, será proibido ato de mau-trato aos animais durante a festa, além de algumas disputas como a Prova do Laço ao Bezerro, Prova do Laço em Dupla (“calf roping” e “team roping”) ou Derrubadas (bulldog ou bulldogging), o uso do sedém, estocadas e choques elétricos e também o rodeio mirim.

A maioria das pessoas que procuram festas de rodeio vão para assistir aos shows, curtir o entretenimento, a festa em si, e até caracterizar-se no estilo country, com botas, camisas xadrez e chapéu. Hoje, somente os que levam a vida no campo, acostumados a lidar com fazendas e roças, é que geralmente têm essa cultura de montar em boi e cavalo para competir.

Creio que como tudo tende a evoluir no mundo, está na hora de acabar com a crueldade em competições também. A festa não deve acabar, o que deve acabar são essas provas que machucam e matam animais sem motivo aceitável. Ao invés de expor os animais ao perigo, por que não expô-los por sua beleza, aptidões, ou até neste caso, valor? 

É importante que haja projetos de leis como este, que protegem e lutam pelos direitos daqueles que são pequenos diante de nós, mas que assim como nós, sofrem, sentem dor, tristeza e agonia quando passam por situações que os expõe à dor. Não vamos nos esquecer de que o que tratamos aqui são os direitos de seres vivos. E que a festa continue, com seu brilho e alegria que sempre teve para aqueles que a apreciam.

Fonte: Anda News