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terça-feira, 28 de julho de 2015

Revivendo os videogames dos anos 80, Pixels é mais uma tentativa sem graça de Sandler

Crítica:  Pixels


Pixels, a nova comédia da Happy Madison, produtora cinematográfica de Adam Sandler, traz como tema os clássicos videogames dos anos 80 que tentam agora conquistar nosso planeta.

Sam Brenner (Adam Sandler) e Eddie Plant (Peter Dinklage), em sua infância, são campões de jogos como Pac Man, Árcade, Galaga e Donkey Kong, mas ao se tornarem adultos são fracassados, que vivem da nostalgia do passado, sendo Sam um técnico em consertos e instalações de aparelhos tecnológicos e Eddie um presidiário.

Quando o governo americano recebe o recado do espaço de que terão que jogar esses clássicos dos anos 80 para tentar ganhar a batalha, o presidente  William Cooper (Kevin James) convoca seus amigos de infância, entre eles Sam e Ludlow Lamonsoff (Josh Gad), além de Eddie, o qual é retirado do presídio para essa missão especial. Junto deles, a tenente-coronel Violet (Michelle Monaghan) também ajudará na empreitada, visto que é especialista em tecnologia. 

À primeira vista, até parece um roteiro legal. Pode até ser, mas para ser visto uma vez, e em casa. No fundo não passa de mais um besteirol babaca desses produzidos por Sandler. Então, se liga na ideia: em pleno século XXI, quando os jogos são em terceira dimensão, quase reais, o cara acha que joguinhos pixelizados dos anos 80 irão tentar dominar a Terra. Me fala, você acha que isso pode dar certo? Tudo bem, para os nostálgicos de plantão, será um prazer rever seus personagens preferidos de jogos clássicos, como Pac Man (que aqui é malvado) e Donkey Kong, como astros da história.

As piadas usadas no filme até que são boas, diverte e faz rir, mas a performance de alguns atores deixa a desejar. O nerd Ludlow (Gad), por exemplo, exagera em sua caricatura, é a figura do nerd que não cresceu. Aliás, em determinada cena, ele me fez lembrar muito o personagem Howard (Simon Helberg), da série The Big Bang Theory, enquanto discute com sua avó. Seria o mesmo tipo de cena de Howard e sua mãe, que não aparece em tela, mas grita como uma louca, enquanto enfurece o filho com seus pedidos.

Outra comparação passível de se fazer é com o clássico Os Caça-Fantamas (Ghostbusters). Lembrei muito do filme em determinada cena quando mini coopers são usados pelos jogadores, além das armas e uniformes.

Em suma, o carisma dos atores deverá atrair muita gente aos cinemas, já que o tema parece agradável e Sandler sempre chama atenção com suas produções, mesmo sabendo que não são nenhum blockbuster. Mas não vá esperando muito, pois a decepção é grande quando você começa a analisar algumas cenas e absurdos que elas apresentam.

A direção fica por conta de Chris Columbus, acostumados aos grandes sucessos dos anos 80 como Gremlins (roteiro), Os Goonies (roteiro), Uma Noite de Aventuras (direção e roteiro), Esqueceram de mim 1 e 2 (direção), além dos bluckbusters Harry Potter e a Pedra Filosofal (direção e produção), Harry Potter e a Câmara Secreta (produção e direção), Uma Noite no Museu 1 e 2 (produção). Acostumado  a grandes produções, acho que ele não vai gostar muito da repercussão final desta. Muita propaganda e promoção, filme que é bom, muito pouco.





Um comentário:

  1. Infelizmente o humor de Adam Sandler cansou. O ator precisa se reinventar ou procurar roteiros melhores pelo menos.

    Abraço

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