Crítica: Pixels
Pixels, a nova comédia da Happy Madison, produtora
cinematográfica de Adam Sandler, traz como tema os clássicos videogames dos
anos 80 que tentam agora conquistar nosso planeta.
Sam Brenner (Adam Sandler) e Eddie Plant (Peter Dinklage),
em sua infância, são campões de jogos como Pac Man, Árcade, Galaga e Donkey
Kong, mas ao se tornarem adultos são fracassados, que vivem da nostalgia do
passado, sendo Sam um técnico em consertos e instalações de aparelhos
tecnológicos e Eddie um presidiário.
Quando o governo americano recebe o recado do espaço de que
terão que jogar esses clássicos dos anos 80 para tentar ganhar a batalha, o
presidente William Cooper (Kevin James)
convoca seus amigos de infância, entre eles Sam e Ludlow Lamonsoff (Josh Gad),
além de Eddie, o qual é retirado do presídio para essa missão especial. Junto
deles, a tenente-coronel Violet (Michelle Monaghan) também ajudará na
empreitada, visto que é especialista em tecnologia.
À primeira vista, até parece um roteiro legal. Pode até ser,
mas para ser visto uma vez, e em casa. No fundo não passa de mais um besteirol
babaca desses produzidos por Sandler. Então, se liga na ideia: em pleno século
XXI, quando os jogos são em terceira dimensão, quase reais, o cara acha que
joguinhos pixelizados dos anos 80 irão tentar dominar a Terra. Me fala, você
acha que isso pode dar certo? Tudo bem, para os nostálgicos de plantão, será um
prazer rever seus personagens preferidos de jogos clássicos, como Pac Man (que
aqui é malvado) e Donkey Kong, como astros da história.
As piadas usadas no filme até que são boas, diverte e faz
rir, mas a performance de alguns atores deixa a desejar. O nerd Ludlow (Gad),
por exemplo, exagera em sua caricatura, é a figura do nerd que não cresceu.
Aliás, em determinada cena, ele me fez lembrar muito o personagem Howard (Simon
Helberg), da série The Big Bang Theory, enquanto discute com sua avó. Seria o
mesmo tipo de cena de Howard e sua mãe, que não aparece em tela, mas grita como
uma louca, enquanto enfurece o filho com seus pedidos.
Outra comparação passível de se fazer é com o clássico Os
Caça-Fantamas (Ghostbusters). Lembrei muito do filme em determinada cena quando
mini coopers são usados pelos jogadores, além das armas e uniformes.
Em suma, o carisma dos atores deverá atrair muita gente aos
cinemas, já que o tema parece agradável e Sandler sempre chama atenção com suas
produções, mesmo sabendo que não são nenhum blockbuster. Mas não vá esperando
muito, pois a decepção é grande quando você começa a analisar algumas cenas e
absurdos que elas apresentam.
A direção fica por conta de Chris Columbus, acostumados aos
grandes sucessos dos anos 80 como Gremlins (roteiro), Os Goonies (roteiro), Uma
Noite de Aventuras (direção e roteiro), Esqueceram de mim 1 e 2 (direção), além
dos bluckbusters Harry Potter e a Pedra Filosofal (direção e produção), Harry
Potter e a Câmara Secreta (produção e direção), Uma Noite no Museu 1 e 2
(produção). Acostumado a grandes
produções, acho que ele não vai gostar muito da repercussão final desta. Muita
propaganda e promoção, filme que é bom, muito pouco.